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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Testar o tempo de reacção

Quando cai uma lamina, quando se derrama um líquido, quando o carro da frente trava repentinamente ou quando somos atacados, reagimos, uns mais rápido do que outros evitamos o contacto com líquidos quentes, evitamos um choque em cadeia, evitamos ser cortados por uma lâmina. Em qualquer destas situações o corpo sente-se em perigo e reage. A esta reacção chamamos reflexos, estes reflexos são respostas automáticas e involuntárias.

Pessoas diferentes têm reacções diferentes perante o perigo, e por isso o reflexo é diferente. Há pessoas que vendo uma lâmina a cair têm o reflexo de a agarrar, cortando-se; outras simplesmente afastam-se, impedindo o contacto com a lâmina; numa situação de choque em cadeia, algumas pessoas têm o reflexo de travar, outras de se desviar para um dos lados. Outros exemplos poderiam ser dados e concerteza já se lembraram de mais alguns.

Hoje trago-vos uma brincadeira, simples e divertida. Vamos testar os nossos reflexos, quando era mais nova fiz isto com ovos... o resultado foi uma grande omelete no chão da cozinha, hoje vamos usar uma régua.


O que precisamos:
  • Uma régua,
  • Uma tira de cartão, com cerca de 3cm de largura e 20 de comprido,
  • Cola,
  • Tesoura,
  • Papel de lustro de várias cores, pode usar papel branco e pintar com marcadores.
Como fazer
  1. Cortem quadrados de papel de lustro da largura da tira de cartão, podem não ser exactamente quadrados, mas todos do mesmo tamanho;
  2. Se usarem papel branco, pintem os quadrados com as canetas;
  3. Colem os quadrados num dos lados da tira de cartão;
  4. Repitam o processo para o outro lado do cartão, mantenham a ordem das cores;
  5. Deixem secar;
  6. Agarre a tira pela parte de cima;
  7. Peça ao seu irrequieto para colocar os dedos em posição de agarrar a tira em queda, instrua-o para a agarrar o mais depressa possível;
  8. Largue a tira;
  9. Onde a agarrou? Repitam o procedimento pelo menos 3 vezes, para resultados consistentes.
Quanto mais perto da ponta inferior se agarrar a fita mais rápido são os reflexos. A prática permite melhorar o resultado mas quando se atinge determinada cor já não se consegue melhorar.
Este teste, jogo, ou como lhe queiram chamar é único para este estimulo, tira de cartão a cair entre os nossos dedos, não é por ser muito rápido neste teste que vou escapar melhor a uma faca em queda ou a um líquido quente, provavelmente no caso da faca até é mais fácil vir a agarra-la do que a escapar dela.


Tentem alterar a ordem das cores na tira de cartão e repetir o teste. O que acontece? agarram no mesmo sitio? na mesma cor? mais acima? mais abaixo?


Mas como se processam estas reacções:
Os estímulos chegam ao órgão receptor, neste caso o olho, e são enviados à medula, através dos neurónios sensitivos. Na medula, neurónios associativos recebem a informação e emitem uma ordem de acção através dos neurónios motores. Os neurónios motores ou eferentes levam a mensagem ao ao órgão que realizará uma resposta ao estímulo inicial. Este caminho que é seguido pelo impulso nervoso e que permite a execução de um acto reflexo é chamado arco reflexo.


Existem inúmeras substâncias que afectam os nossos reflexos, a começar por todos os medicamentos que têm na bula "não conduzir máquinas". Uma das substâncias que afecta o cérebro é sem dúvida o álcool, apesar de todas as considerações que se poderiam tecer sobre este assunto, vamos apenas trabalhar uma delas.


Qual é o efeito do álcool no cérebro?
Antes de mais é necessário compreender como é que o álcool, etanol, chega ao cérebro.
Quando ingerimos o etanol, ele é rapidamente absorvido no trato gastrointestinal, sendo uma quantidade substancial já absorvida ao nível do estômago. Ao cabo de 1h atinge a concentração sanguínea máxima, depois é oxidado no fígado por enzimas chamadas desidrogenases alcoólicas, transformando-se em aldeído acético, que através do sangue, circula até o sistema nervoso que inclui o cérebro, espinal medula e nervos periféricos.


O etanol possui acção depressora sobre as células nervosas, diminuindo os impulsos nervosos. Pode causar efeitos mínimos quando a concentração sanguínea é mínima, em torno de 46 mg / 100 ml de sangue, pode levar ao coma com concentrações em torno de 300 mg / 100 ml e até mesmo à morte quando atinge concentrações em torno de 500 mg / 100 ml.


O álcool pode alterar os reflexos neurológicos e portanto levar à acidentes, caso a pessoa dirija após beber?
O álcool tem acção depressora sobre o cérebro e pode causar sonolência, desatenção, desconcentração e eventualmente desmaios. Num estudo realizado nos EU em motoristas urbanos, envolvidos ou não em acidentes de trânsito, concluiu-se que:
– com dosagens sanguíneas de 80 mg / 100 ml há aumento de 4 vezes na probabilidade de ocorrerem acidentes;
– com dosagens de 150 mg / 100 ml há aumento de 25 vezes na probabilidade de ocorrerem acidentes.
Em Portugal, por exemplo, é ilegal conduzir com uma concentração sanguínea de etanol superior à 0,5g/L


Fontes: http://www.afh.bio.br/nervoso/nervoso5.asp; http://www.chabad.org.br; http://www.alcoologia.net


Et Voilá!
Se conduzir não beba!


Divirtam-se!

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